É inegável que desde os últimos anos, há uma preocupação exacerbada na busca para uma transição energética fundamentada em fontes renováveis e tecnologias que aumentam tanto a eficiência energética, como também a conservação de energia. Neste cenário, a geração de eletricidade por energia solar concentrada (CSP) ganha espaço em diversos países do mundo, como Portugal, Espanha e Chile. Pelo fato desse sistema possuir um custo muito elevado de implantação e O&M, há a possibilidade da hibridação do CSP com algum tipo de combustível de baixo custo, como a biomassa sólida e o biogás, oferecendo assim uma maior produção de eletricidade para as concessionárias e operadores de rede, menor impacto ambiental e maior estabilidade do sistema térmico da planta.
A partir disto, o projeto em desenvolvimento visa identificar as regiões mais promissoras para a implantação de centrais termo solares híbridas para microgeração no Estado de Minas Gerais, a partir da análise técnico-econômico, considerando aspectos climatológicos, econômicos e financeiros.
Assim, de maneira ampla, o estudo será elaborado a partir da utilização de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) para determinar as potenciais regiões para a instalação do sistema híbrido CSP-Biomassa.
Em seguida, a modelagem da planta híbrida CSP-Biomassa será realizada através do Software System Advisor Model (SAM), levando em consideração propriedades físicas da Biomassa, climatologia da região, características técnicas da planta e condições de taxas e financiamento.
Este estudo também incluirá a análise de sensibilidade para determinar os efeitos da variação no custo do campo solar em Custo Nivelado da Energia (LCOE) para diferentes configurações de CSP. Já a avaliação do potencial de mercado para a planta irá considerar as regiões com alto DNI e proximidade a subestações elétricas. E, por fim, a avaliação dos impactos econômicos associados à construção desta tecnologia será feita através do Software de Impacto do Desenvolvimento Econômico do Trabalho (JEDI), ferramenta desenvolvida pelo Laboratório Nacional de Energia renovável (NREL).
Figura 1 – Fluxograma da elaboração do projeto
Fonte: Autoria própria.
