Desde a ratificação do Acordo de Paris em 2016, várias nações têm buscado fontes de energia limpa para combater as mudanças climáticas causadas pelos altos índices de emissões de gases do efeito estufa (GEE). O acordo visa limitar essas emissões através do desenvolvimento sustentável, considerando que a demanda por energia está diretamente ligada ao nível de desenvolvimento de um país, o que tende a aumentar com o crescimento populacional e a elevação dos padrões de vida. À medida que a dependência de fontes renováveis convencionais, como solar e eólica, cresce, surgem preocupações sobre a estabilidade do suprimento de energia devido à sua dependência das condições climáticas. Nesse contexto, o hidrogênio surge como uma alternativa promissora, oferecendo capacidade de armazenamento de energia para superar a variabilidade das fontes intermitentes.
No entanto, apesar das expectativas em torno do hidrogênio verde como solução para a oscilação na geração de energia, ainda existem obstáculos econômicos e tecnológicos a serem superados para sua maior adoção. O custo de produção do hidrogênio verde é significativamente mais elevado em comparação com as rotas tecnológicas baseadas em energia fóssil. Diante disso, a União Europeia e a Alemanha têm implementado políticas para fomentar o mercado de hidrogênio verde, visando acelerar a transição energética e aumentar a autonomia no abastecimento energético. Com o aprimoramento da tecnologia de produção, prevê-se uma redução nos custos do hidrogênio ao longo do tempo.
Dessa forma, esse projeto de pesquisa tem como foco a realização de uma análise técnico-econômica profundada das tecnologias de eletrólise para a produção de hidrogênio verde no Brasil, buscando fornecer uma análise completa das tecnologias de eletrólise para a produção de hidrogênio verde, contemplando tanto aspectos técnicos quanto econômicos. Sendo essa análise aprofundada um fator crucial para analisar a viabilidade econômica e a eficácia dessas tecnologias, impulsionando a transição para uma matriz energética mais sustentável e alinhada com as metas de redução de emissões de carbono.